●• Ó Paí, Ó •●

Por outubro 31, 2008
 
Ó Paí, Ó foi uma série brasileira produzida pela Rede Globo. Escrita por Mauro Lima, João Falcão, Adriana Falcão, Guel Arraes, Jorge Furtado e Bando de Teatro Olodum, baseada na Triologia do Pelô. Teve direção de Olívia Guimarães, Mauro Lima, Monique Gardenberg e Carolina Jabor, e direção geral de Monique Gardenberg. Estrelando Lázaro Ramos, Matheus Nachtergaele, Stênio Garcia, Aline Neponuceno, Érico Brás, João Miguel, Tânia Tôko, Lyu Arison e Bando de Teatro Olodum. Exibida de 31 de outubro de 2008 e 4 de dezembro de 2009, em 10 episódios, divididos em 2 temporadas.

●• SINOPSE •●

Com uma lista enorme de contas penduradas, Neuzão não consegue fechar o caixa do mês e ainda tem de saldar um empréstimo. Para piorar, Queixão começa a vender bebidas na frente do estabelecimento de Neuzão, bem na calçada. Como seu negócio não está legalizado, ele não paga imposto e pode vender a mercadoria mais barata, atraindo a clientela de Neuzão. A comerciante, que sempre se faz de durona, mulher-macho mesmo, fica totalmente perdida com tamanho prejuízo. Desolada, a proprietária se queixa com Roque do mercado negro, e o cantor lhe explica que quem está faturando alto é Queixão e que esse mercado, na verdade, é branco. Inspirado nas falcatruas do malandro, Roque compõe a canção Mercado Branco. O taxista Reginaldo prontamente se candidata para ser empresário do amigo, e Queixão, que não perde uma chance em que possa se beneficiar, oferece o estúdio de seu primo Arlindo Wallace para a gravação do CD. O cantor só não imaginava que seu trabalho cairia nas mãos dos camelôs da cidade, antes mesmo de ser lançado. Mais uma armação de Queixão, que quase leva Reginaldo e Roque para a prisão, acusados de pirataria. No entanto, Queixão aprende uma lição. Ele compra o bar de Neuzão e absorve todas as suas dívidas, crente de que lucraria com o negócio. Só não esperava ter de resolver tantos problemas ao se tornar um comerciante legalizado. Neuzão, por sua vez, abre uma barraca bem na frente do bar e se vinga do atual proprietário. A pressão sobre Queixão é tamanha – contas a pagar, cobranças de fornecedores e fiscais, e reclamação dos clientes – que ele acaba vendendo o bar para Neuzão, mas pela metade do preço. Tudo volta ao normal. Até Queixão reabre sua barraca.

Maria decide sair de casa depois de descobrir ter sido enganada por seu marido Reginaldo. O taxista tem seu veículo rebocado – ele para o carro em local proibido para ajudar uma mulher, cheio de segundas intenções – e só volta para casa às 5h. Ele até consegue enrolar sua esposa, mas logo Queixão dedura o taxista e exige satisfações, afinal o táxi é dele e não está legalizado. Decepcionada, Maria vai embora de casa, deixando o marido quando está prestes a dar à luz. Ela recebe abrigo da vizinha Carmem, e Reginaldo, desesperado e arrependido, nem desconfia do seu paradeiro. Sem conseguir vaga nos hospitais da região para ter o bebê, ela acaba parindo na casa da amiga. Reginaldo a encontra logo após o parto e consegue o seu perdão. Com a ajuda de seu amigo Paulo, cheio de contatos na polícia, Queixão consegue o táxi de volta. Mas Paulo lhe pede um favor: marcar um encontro dele com Dandara. Roque também está interessado na moça, e até começa a sair com ela, mas eles brigam quando ele descobre que Dandara é uma garota de programa, agenciada por Queixão. Os dois se afastam, mas o cantor decide lutar pela moça. Roque, então, reserva o mês todo da quenga, impedindo que ela durma com outro homem. Dandara descobre os planos de Roque e fica feliz por saber que ele se preocupa com ela. Os dois fazem as pazes.

O engenheiro de uma firma contratada por um grupo espanhol avalia as possibilidades de o cortiço se transformar em uma pousada. As obras de recuperação do Centro Histórico de Salvador, iniciadas no Pelourinho, continuam com a reforma dos casarões em seus arredores. Como parte do telhado do cortiço está fora da área de preservação, o prédio pode ser reformado e, até, demolido. É por isso que o cortiço passa a ser cobiçado por empresários do ramo hoteleiro. Apesar de o prédio estar caindo aos pedaços, os moradores não abrem mão da moradia e decidem convencer D. Joana a não vender o imóvel. Em troca, eles se comprometem a pagar os aluguéis em dia. Aproveitando o desespero dos moradores, D. Joana implanta alguns mandamentos no prédio. Caso não sejam respeitados, ela o venderá. São eles: não beberás; não ouvirás música profana; não te entregarás à prática da feitiçaria; não entrarás no prédio após as 22h e não atrasarás aluguel nem taxas extras. Maria adora a imposição do horário de entrada no prédio e acredita que a norma seja a solução para os constantes atrasos do marido Reginaldo. Os moradores do cortiço se sensibilizam com a história de Negócio Torto, que veio do interior para tentar a vida na cidade e acabou como mendigo. Seu Gerônimo e Neuzão, porém, defendem que o desabrigado deve sair do local para preservar a imagem do bairro e garantir o faturamento com os turistas. Seu Gerônimo diz ainda que a travesti Yolanda também não pode ficar na região, pois a prostituição compromete o comércio local. Roque, por sua vez, protesta contra o posicionamento radical dos comerciantes e deixa claro que os amigos fazem parte da realidade do país. Roque dá abrigo a Negócio Torto e lhe ajuda a tirar os documentos. Para a surpresa de todos, chega uma carta de despejo para os moradores do cortiço, atestando a venda do prédio. No entanto, D. Joana não fez negócio nem assinou papel algum. A dona do cortiço descobre que quem vendeu o prédio foi Mário, seu marido, sumido há um ano. Ela vai atrás dele e descobre que ele tem outra família, também abandonada. D. Joana volta para casa inconformada. Os inquilinos de D. Joana conseguem anular a venda do prédio ao denunciarem que o tal telhado que exclui o cortiço da área de proteção foi, na verdade, construído ilegalmente pelos próprios moradores. Como o telhado é a única parte do cortiço que está fora da área de preservação histórica, e ele acaba sendo demolido pelas autoridades competentes, ninguém mais pode derrubar o prédio. Todo o cortiço está agora dentro dos limites de proteção do patrimônio.

A polêmica gira em torno das diferentes religiões, crenças, times e superstições dos moradores do Pelourinho. Maria descobre, por meio de Mãe Raimunda, que o orixá de seu filho Michelangelo é Exu, mas, devido ao preconceito ligado ao santo, ela prefere consagrar o menino a Ogum. Para agradar ao orixá, ela decide vestir a criança de preto e vermelho no dia do batizado na Igreja Católica. Ao saber da promessa, Reginaldo se desespera, pois não aceita que o filho se vista de rubro-negro, cores do Vitória, time de futebol adversário. Ele quer que o menino torça para o Bahia, seu time do coração. O taxista vai à igreja pedir que o padre o ajude a convencer Maria a mudar de ideia, mas o pároco incentiva a fiel, afinal o menino vestirá as cores do seu time. Quem também entra nessa briga é Neusão, que se empenha para que seu afilhado seja um torcedor do time rubro-negro. Com a aproximação do campeonato, Neusão e Reginaldo fazem suas promessas para ajudar a garantir a vitória de seus respectivos times. A comerciante promete não beber, e o taxista se compromete a se privar de flertes. Cada um, então, esforça-se para que o outro não cumpra a promessa, o que levaria à derrota do time adversário. Para induzir Reginaldo a romper com a jura, Neusão conta com a ajuda de Magda. O taxista até tenta resistir ao charme da morena, mas o seu espírito mulherengo é mais forte e, no dia do jogo, ele se entrega à tentação. Neusão, tensa com a competição, acaba bebendo sem querer. O jogo termina em empate. Embalados pelas emoções futebolísticas, o padre e o pastor deixam as divergências religiosas de lado e se unem na torcida pelo Vitória. Michelangelo é batizado na Igreja Católica, vestido com a camisa do Bahia e coberto pelo manto do Vitória. Na cerimônia, misturam-se fiéis católicos e seguidores do candomblé, representados pelas baianas. Tudo celebrado em harmonia.

O disjuntor do cortiço explode, e o valor do conserto precisa ser rateado entre os moradores. Mas nenhuma das famílias tem os R$ 250 cobrados por D. Joana, e Reginaldo traz uma possível solução. Um das suas passageiras de táxi é produtora de cinema e está no Brasil acompanhando um diretor americano, captando material para um documentário sobre “bregas” – como são chamados os prostíbulos em Salvador – para a televisão dos EUA. Hipólita está disposta a pagar até R$ 3 mil por uma locação que se pareça com um casarão colonial, com janelas abertas, movimento na calçada e certo frescor caribenho. O taxista, então, tem a ideia de transformar o cortiço no local de gravação do documentário. Dessa maneira, arrecadaria o dinheiro para o conserto do disjuntor. A proposta de Reginaldo não agrada a todos, e os moradores do cortiço discutem as vantagens e desvantagens de transformarem o prédio em um prostíbulo. Baiana é a primeira a se opor, argumentando que passou a vida inteira lutando para ser respeitada para agora se expor ao ridículo. Roque, porém, consegue convencer os vizinhos a aceitarem a ideia de Reginaldo, argumentando que essa é a oportunidade de dar um banho de realidade nos gringos. Além do mais, segundo Reginaldo, o documentário só passará nos Estados Unidos. O único problema é esconder o plano de D. Joana, que não permitiria tamanha sem-vergonhice. Como as gravações acontecem à noite, eles aguardam a síndica sair para o culto para, só então, começarem os trabalhos. Os dois filhos da evangélica – Cosme e Damião – também tentam ajudar os moradores, segurando a mãe na igreja. O problema é que, logo no primeiro dia, ela volta antes do planejado e flagra todo o seu cortiço transformado. Os moradores se vestiram a caráter para incorporar os personagens – Roque, por exemplo, transforma-se no cafetino do brega –, e o prédio foi redecorado. Mas, para a surpresa de todos, o diretor do documentário adora o casarão e a confusão provocada pela chegada de D. Joana. A dona do prédio é convencida por Hipólita a assinar um contrato, liberando o uso do cortiço como locação para as gravações. Ela cede porque, segundo a produtora, o filme é uma maneira de denunciar a exploração do corpo. Mas D. Joana faz uma série de exigências: quer que lhe paguem cachê, direito de imagem, uma cota pela venda dos DVDs etc. Com as gravações liberadas, Reginaldo decide contratar uma meretriz, Sarah, para ensinar as moradoras do cortiço a se comportarem como quengas. Queixão também quer lucrar com a produção do documentário e, por sugestão de Reginaldo, ele e Roque encenam uma briga. Tudo ensaiado para que Hipólita e o diretor americano não percebam a armação. A polícia invade o cortiço, bem no momento da teatralização, e também entra na confusão. Roque e Reginaldo contam para Hipólita que nada do que filmaram é verdadeiro, que tudo foi armado. Ela até pensa em contar tudo para o diretor americano, mas desiste ao perceber que ele adorou o material.

Roque se despede dos amigos durante um show no Pelourinho. Convidado por uma produtora para fazer uma turnê de três meses pelo Brasil, e acreditando ser essa a grande chance de sua vida, Roque também dá adeus a Dandara, propondo um relacionamento aberto e deixando para a morena o apartamento em que moravam juntos. Só que ele a dispensa na frente de seus amigos, um total constrangimento para a moça. Apesar de tanta empolgação, Roque volta de sua turnê antes de começá-la. A secretária que o contatou fez uma grande confusão: era para ligar para “o cantor de rock” e não para “o cantor Roque”. Decepcionado, o baiano volta para casa e pede refúgio a Dandara, que debocha dele, afinal ele a desprezou antes de ir embora e agora lhe pede ajuda. Envergonhado, Roque se esconde no apartamento da dançarina para que todos pensem que ainda está viajando pelo Brasil. Enquanto isso, Dandara ensaia um show com Bi-Negão, provocando ciúmes no namorado. Neusão convida Yolanda para trabalhar em seu bar temporariamente. Analisados os prós e contras do contrato, eles resolvem se casar, já que cônjuge não é empregado e, por isso, as despesas empregatícias de Neuzão seriam menores. O casamento é realizado no Pelourinho e surpreende os moradores locais, devido à inversão de papéis: Neuzão é o homem da relação, e Yolanda, a mulher. Depois do casório, Neuzão revela para Yolanda que deseja adotar um filho. O casal até tenta, mas o processo é negado quando descobrem a opção sexual de cada um. Yolanda, então, sugere que eles mesmos façam um filho, mas Neuzão tem suas dúvidas se essa é a melhor solução. Queixão torna-se evangélico e se aproxima de D. Joana, com interesse nos aluguéis recolhidos por ela. Os planos do mau-caráter são atrapalhados por Mário, marido da evangélica. Desaparecido há cinco nos, ele volta ao Pelourinho também de olho no dinheiro da mulher. Além de maltratá-la e de desprezar os filhos, ele despeja moradores do cortiço por falta de pagamento. Mas o reinado dele acaba quando Queixão decide pressioná-lo e, após revelar ser o mesmo bandido de sempre, cobra-lhe uma antiga dívida com outro traficante. Temendo represálias, Mário não só lhe dá o dinheiro como vai embora. Queixão, então, aproveita para seduzir D. Joana. Roque, por sua vez, decide aparecer para os amigos. Diz que abandou a vida de shows e sucesso por saudades da Bahia e aproveita a oportunidade para se declarar para Dandara.

Roque está inscrito em um festival de música e usa o cortiço para ensaiar com a sua banda. Enquanto treinam a canção, o prédio treme, deixando os moradores em pânico diante de um possível desabamento. Sem terem para onde ir, todos buscam abrigo no bar de Neuzão, que não gosta nada de ver o seu estabelecimento servindo de moradia para os habitantes do cortiço. Para garantir a sua segurança e a de seus vizinhos, Roque chama um fiscal da prefeitura para inspecionar o prédio. Os moradores, no entanto, não concordam com a atitude do cantor, porque eles não terão onde morar se o fiscal decidir interditar o cortiço. Para evitar que todos fiquem desabrigados, Reginaldo convence Neuzão a receber o fiscal em seu bar, fingindo que o problema aconteceu lá e não no cortiço. A comerciante aceita a contragosto e acaba levando um prejuízo: é multada em R$ 750 devido a irregularidades em seu estabelecimento. Queixão se converte e adota seu nome de batismo, Moisés. Mas a única a chamá-lo assim e a acreditar na sua transformação é D. Joana, sua namorada. Para parecer dedicado à religião, ele funda, no cortiço, o Templo do Tremor Divino, em alusão ao atual estado do prédio. Segundo o mais novo pastor, o tremor se deve à força divina. Todos os moradores do cortiço são obrigados a participar do culto e a oferecer dízimo, caso contrário serão despejados. Roque não acredita que o malandro tenha mudado tanto e, desconfiado de sua dedicação religiosa, faz o possível para provar para D. Joana que Queixão está sendo desonesto. Argumenta que houve superfaturamento na construção do templo e que o púlpito de mármore azul e negro, as colunas de marfim, os bancos de cedro aromático e as portas com vitrais italianos são falsificações. Mas D. Joana não acredita nas acusações do inquilino. Roque ganha o festival de música com uma canção no estilo “bossa-axé”, gênero musical criado por ele. Mas, para a sua tristeza, D. Joana lhe cobra 10% do prêmio de R$ 10 mil, como dízimo para a igreja.

Dandara se esforça para conquistar o papel da protagonista do filme Dona Flor, que será gravado na cidade. Roque não acredita que ela conseguirá a vaga, não por falta de talento e beleza, mas porque é mais provável que uma atriz do eixo Rio-São Paulo ganhe o papel. Quem também se candidata à vaga é Keila, uma baiana muito parecida com a atriz Deborah Secco. A semelhança é tamanha que confunde Reginaldo. Ele a conhece em uma corrida de táxi e, encantado com sua beleza, tenta se aproximar dizendo ser empresário. Ele aproveita a semelhança dela com a atriz para fotografá-la e vender suas fotos para um jornal. Keila não gosta da insistência de Reginaldo em chamá-la de Deborah Secco, mas entra no plano dele para lucrar com sua aparência. A única diferença é que Keila não tem uma tatuagem no cóccix, como a da atriz. O deslumbramento de Reginaldo por Keila é tão grande que ele se afasta de sua esposa por causa dela, mas sempre se decepciona ao lembrar que Keila não é Deborah Secco, sua verdadeira musa. Queixão reencontra Marlene um caso do passado. Ele tenta resistir aos encantos da mulher dizendo ter se convertido, mas ela insiste, afinal não acredita em história tão absurda. D. Joana entra na sala e não gosta de vê-los tão próximos um do outro, no sofá. O ciúme é tanto que ela aceita o conselho de Yolanda e decide consultar os búzios, apesar de tal atitude contrariar sua religião. Mãe Raimunda diz que, para segurar Queixão, D. Joana precisa fazer uma oferenda para Iansã, no dia de santa Bárbara: uma cesta de acarajé na procissão. Apesar de, segundo suas crenças, não poder adorar santo, muito menos orixá, ela segue o conselho. Enquanto distribui os acarajés, vestida de baiana, ela encontra Marlene e Queixão e arrasta o namorado para casa. Após tamanha decepção, ela decide transformar o templo fundado por Queixão em uma igreja ecumênica. Assim, atrai pessoas das mais diferentes crenças para os cultos. A movimentação e a cantoria são tamanhas que o prédio volta a chacoalhar. Roque pressiona para que todos evacuem o local, mas Queixão promete investir o dinheiro do dízimo em reformas no cortiço, e todos ficam. Roque não esconde sua indignação.

A verdadeira Deborah Secco chega à cidade para se candidatar à protagonista de Dona Flor. A atriz acha que o papel não precisa, necessariamente, ser interpretado por uma baiana por defender que Dona Flor é um personagem do Brasil. Reginaldo aborda a verdadeira Deborah Secco achando se tratar de Keila e leva um grande fora. Quem ganha o papel de protagonista do filme é a atriz americana Angelina Jolie. Dandara é contratada para dublá-la, já que é essencial que a personagem fale português e tenha sotaque baiano. Roque fica revoltado com a decisão. Roque sobe no trio elétrico do cantor Carlinhos Brown e, no intervalo do show, canta Black or White, em homenagem a Michel Jackson. Tudo graças a Patrícia, empresária de Carlinhos Brown. Quem não gosta do que vê é Dandara, que fica sozinha no meio da multidão esperando o namorado voltar com a cerveja que lhe tinha prometido. Quando ela o vê no trio elétrico, decide ir embora. Por influência de Patrícia, Roque deixa de cantar no bloco da comunidade e investe em uma carreira voltada para a elite. Atraída pelo charme e talento do baiano, Patrícia quer transformá-lo em um astro e o deixa deslumbrado com promessas para alavancar sua carreira. Eles começam a sair, e todos os amigos de Roque vão contra ele. Dandara diz que ele abandonou suas raízes para ficar com uma socialite e que está vendendo a sua arte para uma plateia de burgueses. No fundo, ele também se incomoda. Diz para a empresária que não quer ser moderno, quer cantar para o povo dele, defender a sua comunidade e denunciar o sistema. Ela, então, sugere que ela faça seu “axé-protesto” para as multidões e não para uma meia dúzia de pessoas, como costumava fazer. Incomodada com o comportamento de Roque, Dandara decide agir. Ela encontra a empresária e o cantor em uma das boates elitizadas em que ele passa a tocar. No local, Dandara começa a ser paquerada por Patrícia, encantada com a beleza da baiana. Como vingança pelo o que a empresária fez com Roque, Dandara atiça o desejo dela, mas logo depois a despreza. Patrícia, por sua vez, afasta-se de Roque, e a baiana faz as pazes com o namorado.

Yolanda decide ajudar Neuzão a realizar um sonho: o de ser mãe. O problema é encontrar quem encare dormir com ela. A própria Yolanda, cujo nome real é Marilson, dispõe-se a ajudá-la a gerar a criança. Só fica a dúvida de quem será o pai e de quem será a mãe, já que, apesar de mulher, Neuzão não se relaciona com homens, e Yolanda é travesti. Queixão dá um jeito de pôr estacas no prédio, e o cortiço para de tremer. Só que a estabilidade do local afasta os fiéis, que acreditavam que o prédio tremia por força divina. Como o cortiço não chacoalha mais, acham que Deus abandonou a casa. Prejuízo para Queixão. Dandara está grávida, e Roque, radiante com a ideia de ter um filho. O problema é que o cantor descobre que a criança pode não ser sua, já que Dandara confessa ter se envolvido com outro homem enquanto Roque estava com Patrícia. O cantor, no entanto, promete aceitar o bebê mesmo que ele nasça branco, o que comprovaria não ser seu filho. A criança nasce mulatinha, e a dúvida fica. Neuzão espera um filho de Yolanda, e os dois discutem os tradicionais papéis de pai e mãe. Reginaldo leva para casa um afilhado muito parecido com ele, seu xará inclusive, o que faz com que Maria e todos os vizinhos desconfiem da paternidade do menino. Reginaldo diz ser o pai da criança, mas um exame de DNA não confirma a informação. Maria, que até já tinha perdoado o marido e aceitado o novo filho antes de saber o resultado do exame, incentiva Reginaldo a registrar o menino assim mesmo. Queixão desiste da Igreja Ecumênica do Tremor Divino, pois o cortiço pode desabar a qualquer momento, e ninguém mais quer pagar aluguel de um imóvel aos pedaços. Além disso, o templo continua às moscas. O vilão dá mais um golpe em D. Joana e a convence a vender o prédio para comprar uma van. Assim, poderiam viajar pelo Brasil com o trabalho de evangelização. Ela aceita a proposta, e cada morador do cortiço compra o seu apartamento. Yolanda, inclusive, compra o de D. Joana para abrigar sua nova família com Neuzão. Mas o prédio logo desaba e quase mata Yolanda e o fiscal da prefeitura. Para alívio de todos, Roque apresenta um projeto de construção do Condomínio Ó Paí, Ó no lugar dos destroços. Cada morador terá direito a um apartamento e acesso a várias comodidades, como academia de capoeira, piscina de água de coco e terreiro privativo. Queixão não tem sucesso em seus planos. Após abandonar D. Joana no meio da estrada, ele sofre um golpe de um matuto, que rouba sua van e o deixa a pé.

●• ELENCO •●
  • Lázaro Ramos como Roque Bahia
  • Matheus Nachtergaele como Queixão 
  • Stênio Garcia como Seu Gerônimo

●• APRESENTANDO •●
  • Adriely Santos - Rose
  • Aline Neponuceno - Dandara
  • Arlete Dias - Dione
  • Auristela Sá - Carmem
  • Carlos Evelyn - Tony Thig
  • Cássia Valle - Mãe Raimunda
  • Cell Dantas - Forminha
  • Cristiana Amorim - Marlene
  • Cristóvão da Silva - Negócio Torto
  • Edmílson Barros - Delegado Freitas
  • Edvana Carvalho - Lúcia
  • Elane Nascimento - Suellen
  • Érico Brás - Reginaldo
  • Felipe Fernandes - Damião
  • Frank Menezes - Matoso
  • Gilberto Lima - Arlindo Wallace
  • Helena Ignez - Lulu
  • Hermila Guedes - Keka
  • João Miguel - Mário
  • Jorge Washington - Mattias
  • Lázaro Machado - Pastor Genézio
  • Leno Sacramento - Raimundinho
  • Lucci Ferreira - Farias
  • Luciana Souza - Dona Joana
  • Luís Miranda - Murici
  • Lyu Arison - Yolanda
  • Márcio Victor - Bi-Negão
  • Marilene Saade - Falecida
  • Merry Batista - Dalva
  • Osvaldo Mil - Carlos
  • Rejane Maia - Baiana do Acarajé
  • Ricardo Bittencourt - Paulo
  • Ridson Reis - Jamerson
  • Robson Mauro - Agnaldo
  • Sylbeth Soriano - Genivalda
  • Tânia Tôko - Neuzão (Neuza Maria da Silva)
  • Telma Souza - Feirante
  • Valdinéia Soriano - Maria
  • Vinícius Nascimento - Cosme 
  • Virgínia Rodrigues - Bioncê

●• PARTICIPAÇÃO ESPECIAL •●
  • Deborah Secco - Keila Cristina
  • Emílio de Mello - Lacerda
  • Luana Piovani - Patrícia
  • Nanda Costa - Quenga do Matagal
  • Preta Gil - Magda
  • Suzana Pires - Sarah 
  • Virgínia Cavendish - Hipólita
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