Gigantes do Brasil foi uma microssérie brasileira produzida pelo canal History. Escrita por Fernando Honesko, Cássio Koshikumo e Henrique Moreira teve a direção Fernando Honesko. Baseada na história e vida de Francesco Matarazzo, Percival Farquhar, Giuseppe Martinelli e Guilherme Guinle. Estrelando Tadeu Di Pietro, Alexandre Barros, Fernando Nitsch e Ricardo Monastero nos papeis principais, e com narração de Robson Nunes. Exibida nos dias 04 e 05 de junho de 2016, em 4 capítulos.
●• SINOPSE •●
Era uma vez 4 empreendedores em um país propenso a crises. Gigantes que mudaram a história do Brasil. O primeiro quebrou uma vez, o segundo quebrou várias vezes. O terceiro era amigo do Governo e o quarto, este sim, nos ensina como navegar as águas turbulentas de nossa pátria amada. Ele construiu fortuna que perdura com seus herdeiros até os dias de hoje. Fortuna blindada contra a passagem do tempo. Em meados de 1900, o Brasil era bem diferente. Mas os bons negócios, aqueles extremamente rentáveis e resistentes a crises, permanecem com as mesmas características.
"As revoluções são a locomotiva da história."
Percival Farquhar (1864-1953) era americano e trouxe consigo o capital estrangeiro. No Brasil, explorou diversos empreendimentos, muitos ferroviários. Farquhar foi o maior investidor privado do Brasil entre 1905 e 1918, possuía acesso a montanhas de capital e sonhava grande, muito grande. Ele tinha tudo na mão, mas ignorou os riscos. Investindo em obras faraônicas, seus negócios não resistiam as crises. Apesar de seu poder de fogo, Farquar acabou arruinado. Suas empresas entraram em concordata em outubro de 1914. Seus financiadores perderam todo o capital investido. Investir em infraestrutura demanda cautela e enorme cuidado com a alavancagem. Os altos investimentos necessários para esses empreendimentos demandam bastante planejamento, para que o capital não acabe antes do término da obra.
"Se queremos progredir, não devemos repetir a história."
Giuseppe Martinelli (1870-1946) começou como açougueiro. Durante a Primeira Guerra Mundial, quando o comércio com a Europa pelo Atlântico se tornou perigosíssimo, Martinelli resolveu arriscar. Ele investiu em barcos e apostou tudo. Fez fortuna como comerciante. Uma vez capitalizado, cometeu o mesmo erro de Farcquar. Seus sonhos falaram mais alto. A vontade de deixar seu marco causou sua ruína. Martinelli investiu em uma obra faraônica e, como Farquhar, não resistiu à crise. A construção do imponente Edifício Martinelli chamava atenção não só pelo tamanho, mas também por todo o luxo e charme que o envolvia. Com a crise da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, o comendador Martinelli foi obrigado a abandonar seu prédio e seu sonho.
"Escrever a história é um modo de nos livrarmos do passado."
Guilherme Guinle (1882-1960) foi um empresário com estilo bastante conhecido por nós até os dias de hoje. A família Guinle tinha a concessão da Companhia Docas de Santos, concedida pela Princesa Isabel, em 1888. Esse negócio rendeu uma fortuna estimada em R$ 40 bilhões para a família carioca. A família sempre fora próxima do poder. Durante o Estado Novo, Guilherme Guinle ocupou cargos no Governo, sendo nomeado presidente da estatal CSN quando da criação da companhia, em 1940. Guinle era, obviamente, contrário à participação de capital estrangeiro no país. A presença dos estrangeiros traz competição. Guinle, hoje em dia, seria certamente adepto da bolsa empresário e de um grande e bondoso BNDES.
"Só mudaram a história aqueles que mudaram o pensamento dos homens a respeito de si mesmos."
Francesco Matarazzo (1854-1937) morreu como o homem mais rico do Brasil. E seus herdeiros continuam por aí, mesmo que menos ricos que outrora. Matarazzo começou pobre como Martinelli mas acabou mais rico que os Guinle. Como é possível? Escolhendo muito bem os negócios em que gostaria de participar, assim como os riscos que gostaria de correr, Matarazzo acumulou e multiplicou sua fortuna com o passar dos anos. Matarazzo sabia, mesmo sem ter estudado, como alocar seu capital de maneira a obter altas rentabilidades sem correr os riscos que poderiam arruiná-lo. Começando como mascate, Matarazzo acumulou capital para montar uma mercearia. Comprando e vendendo produtos e depois importando bens, estava em posição privilegiada para analisar as necessidades de seus clientes. Com um passo depois do outro, Matarazzo foi elevando a complexidade de seus negócios. Aprendendo e analisando novas oportunidades. Alocando cada vez mais capital que vinha de seus negócios. Esse conhecimento lhe permitiu mudar o foco de pequeno comerciante para importador, e então industrial. Matarazzo foi o criador do maior complexo industrial da América Latina em seu tempo. Ele simplesmente começou a substituição de importações no Brasil. O capital e o conhecimento acumulados do comércio garantiram que ele fizesse investimentos em setores ainda mais rentáveis.
●• ELENCO •●
- Tadeu Di Pietro com Francesco Matarazzo
- Alexandre Barros como Percival Farquhar
- Fernando Nitsch como Giuseppe Martinelli
- Ricardo Monastero como Guilherme Guinle
- Robson Nunes como Narrador
●• COM •●
- Adriano Carmona - Atílio Matarazzo
- Alberto Guiraldelli - Coronel João Gualberto
- Alexandre Bamba - Milton
- Alexandre Freitas - Amaral
- Alvise Camozzi - Francesco Grandino
- André Garolli - Alexander Mackenzie
- Augusto César - Chatô (Francisco de Assis Chateaubriand)
- Bruno Kott - Fábio
- Camila Caparroz - Yolanda
- Carlos Morelli - Zavattini
- César Brasil - Battista
- Cléber Colombo - Pai Jacinto
- Clovys Torres - José
- Cristiano Tomiossi - Alberto
- Daniel Tavares - Miguel
- Darson Ribeiro - Manuel Inácio Bastos
- Davi de Almeida - Antônio Maria
- Denise Araújo - Marta
- Dídio Perini - Moraldo
- Diego Andrade - Cabo
- Douglas Simon - Luigi Matarazzo
- Eduardo Acaiabe - Antônio
- Emílio Fontana Filho - Puglisi-Carbone
- Eric Müller - Ítalo Martinelli
- Ernani Sanchez - Chiquinho Matarazzo
- Ester Laccava - Filomena
- Eugênio La Salvia - Wallace Rotschild
- Fábio Mazzini - Osvaldo Cruz
- Fábio Visconti - Costabile Matarazzo
- Fernando Rocha - Luís Eduardo Matarazzo
- Flávio Faustinoni - Mário de Almeida
- Gilda Nomacce - Mariangela Matarazzo
- Giulia Shanti - Filemena (jovem)
- Guilherme Rodio - Carlo
- Gupt Prem - Santino
- Gustavo Belchior - Lídio
- Gustavo Trestini - Getúlio Vargas
- Hugo Coelho - Gustavo Barros
- Ismar Rachmann - Mascate Beppe
- Ivan Cápua - João
- Ivo Müller - Frank Egan
- João Bourbonnais - Lord Balfour
- José Bosco - Inácio
- Juan Martyn - Marcos
- Júlio Silvério - Jaime
- Laerte Késsimos - Fausto
- Léo Castro - William Van Horne
- Lucas Pinheiro - Transeunte Castelabatte
- Luiz Alberto Faria - Caruso
- Marcelo Franzolin - Genaro
- Marcelo Góes - Arthur Bernardes
- Marcelo Lapuente - Élio
- Marcelo Szpektor - Dr. Carl Lovelace
- Marcos Biglia - Andrea Matarazzo
- Marcos Ferraz - Cristóvão
- Mário Pretini - Amyntas Jacques de Moraes
- Matheus Prestes - Achilles Stenghel
- Mauro Schames - Lauro Müller
- Milton Le Cury - Lauro Mendes
- Nelson Peres - Valdir
- Paolino Raffanti - Dom Felippo
- Paulinho Faria - Paulo
- Paulo Azevedo - Antônio
- Paulo Olyva - Silveira
- Pedro Henrique Moutinho - Tomás
- Ralph Maizza - Atílio
- Renan Paini - Francesco Matarazzo (jovem)
- Renato Basilla - Sr. Robert
- Renato Chocair - Salvattore
- Ricardo Homuth - Eduardo Palassin Guinle
- Roberto Audio - Ermelino Matarazzo
- Roberto Skora - Athos de Lemos Rache
- Rony Koren - John
- Sílvio Restiffe - Sylvio Fróes
- Thiago De Rogatis - Fabrízio
- Thiago Di Giovanni - Ciro
- Tom Curti - Barão do Rio Branco
- Wagner Molina - Giovanni Briccola
- Weber Fonseca - Gamba
- Ygor Fiori - Sr. Edward